O Instituto Fogo Cruzado divulgou esta semana um levantamento sobre a violência na Baixada Fluminense. No primeiro semestre deste ano, houve 273 tiroteios, com 98 mortes e 83 feridos na região. São João de Meriti é o município mais sangrento: 77 tiroteios, 14 mortes e 16 feridos. Em seguida aparece Caxias, com 47 tiroteios, 14 mortes e 16 feridos. Fechando o pódio da violência urbana vem Nova Iguaçu (38 tiroteios, 29 mortos e quatro feridos). Nilópolis é a mais bem colocada, com cinco tiroteios e quatro feridos.
“A população não quer saber de quem é a responsabilidade da Segurança Pública, ela quer se sentir segura quando sair para trabalhar ou se divertir. Por isso o prefeito tem, sim, que cuidar para que a cidade que ele administra proporcione essa segurança aos seus moradores. Não tem que se esconder atrás do Governo do Estado, é preciso cobrar as autoridades e capacitar os profissionais do município para que possa haver um trabalho conjunto”, afirma José Camilo Zito, que foi prefeito de Caxias em três oportunidades.
Já o deputado estadual Léo Vieira (Republicanos) ressalta que a violência prejudica não somente o direito de ir e vir do meritiense, mas também a economia local.
“A gente não aguenta mais viver em uma cidade em que não se tem mais o direito de ir e vir. São João de Meriti está largada. Chega um determinado momento, as ruas ficam desertas porque as pessoas têm medo de sair. Isso prejudica não somente o lazer dos moradores, mas também a economia local”, diz o candidato, que aparece com 41% em recente pesquisa realizada pela Real Time Bigdata.
Mesmo sendo a cidade com menos registros entre as pesquisadas, Nilópolis tem caminhos para avançar contra a violência. Rogério Ribeiro (MDB) pensa em reativar o Centro de Monitoramento na Praças dos Estudantes, onde hoje funciona a sede do Segurança Presente. Com instalação de novas câmeras, o município viveria dias de BBB.