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As obras de implantação do BRS (Bus Rápid Service), aperfeiçoado e nomeado como Mobilidade Urbana Verde Integrada – Muvi em São Gonçalo, é o primeiro Projeto de mobilidade urbana verdadeira na história de São Gonçalo, e devem começar as obras no prazo de três meses, com publicação do edital de licitação pelo governo do Estado do Rio no mês de novembro.
O Projeto demorou 4 anos para ficar pronto, e foi elaborado pela Coba Engenharia, por iniciativa do Governo passado (Nanci) ao valor de mais de R$2.600 milhões, e foi apresentado pelo competente Secretário Municipal de Gestão Integrada e Projetos Especiais de São Gonçalo, Douglas Ruas (filho do atual Prefeito Capitão Nelson), durante audiência pública sobre o projeto, na Câmara de São Gonçalo na última Segunda-feira.
A COBA Engenharia desenvolveu um projeto de consolidação do traçado com estudos geotécnicos, e viabilidade de impacto urbano com menores desapropriações. Com menor impacto ambiental, com remanejamento de árvores e cuidado com Rios e nascentes. Conforme seus técnicos, a geografia de São Gonçalo foi muito favorável ao custo menos do projeto, já que o percurso é plano, uma herança dos engenheiros ingleses que construíram a via férrea, a quase 200 anos atrás. Como não deve funcionar nos finais de semana, ou após o horário de funcionamento a pista e áreas largas do traçado, poderão ser usadas para evento pontuais gerando uma enorme área de lazer para skeitistas, patinetes e atividades físicas e culturais 1000.
O Muvi é um projeto que tem seus pontos principais na construção de um corredor viário concretado ligando o bairros de Neves a Guaxindiba de 18km, entre os quais 16 km serão com ciclovia. O custo será de aproximadamente R$365 milhões, financiados pela Prefeitura e principalmente Governo do Estado, dentro do dinheiro pago pela Ortorga da CEDAE, dentro do Programa PACTO RJ. Não se sabe ainda quantos empregos temporários vai gerar a contrução, e rodoviários quando em funcionamento as obras irão ser iniciadas no bairro de Neves no trecho 1 (Neves + Porto Velho), depois trecho 2 (Porto Velho + Camarão), trecho 3 (Região Central) trecho 4 (Estrela do Norte + Trindade), trecho 5 (trindade + Jardim Catarina), e trecho 6 (Jardim Catarina + Guaxindiba).
Outros pontos do projeto trarão desenvolvimento para o município, como a construção de um terminal rodoviário em Alcântara, reorganizando, integrando e otimizando as linhas de ônibus na cidade, o 1° a ser construído na história da metrópole. O Projeto funcionará vinculado direto e indiretamente as 201 linhas de ônibus que circulam dentro de São Gonçalo, dessas atuais serão eliminadas 26, serão reestruturadas 18 linhas. Haverá necessidade da criação de mais 9 (sem especificações de trajeto). Linhas que serão alinhadas ao corredor serão 21. Linhas alimentando o terminal 11, e 18 direcionadas ao terminal. Não se tem estudo do volume de passageiros que circularam dentro do BRS, porém, atualmente a metrópole tem 120 milhões de bilhetagem ano.
A requalificação urbana em todo o trajeto do corredor viário, como arquitetura dos 13 terminais, paisagismo ao longo, equipamentos de lazer em alguns pontos, iluminação a led, sinalização, gerando valorização imobiliária e atraindo investimentos para São Gonçalo, principalmente nos bairros cortado pelo traçado.
Um dos condicionantes para viabilização do Muvi foi a possibilidade de uma integração futura com a possível construção da Linha 3 do Metrô, pensado de forma a não inviabilizar a implantação do modal ferroviário na cidade.
O sistema de transporte coletivo será baseado no BRS (Bus Rapid System), com grupos de operações divididos em BRS 1, BRS 2 e BRS 3, atendendo às linhas municipais e intermunicipais com destino ao Rio e Niterói, com capacidade para atender a uma demanda de 10 mil passageiros por hora, num tempo de 30minutos entre Alcântara e neves . O Governo do Estado estuda a possibilidade de junto a Prefeitura de Niterói, estender o projeto até terminal de ônibus e barcas, facilitando a vida de quem migra todos os dias para trabalhar no Rio e Niterói.
“A IDÉIA É OTIMIZAR O TRÂNSITO E REORGANIZAR O TRÂNSITO” falou Douglas Ruas
As desapropriações de famílias residentes em imóveis impactados pelas obra estão sendo tratadas com sensibilidade, diálogo e respeito. A aproximação com os moradores dessas áreas vem sendo feita pela Semgipe, Assistência Social e Defesa Civil. O decreto municipal 321 de 2021 detalha as formas de indenizações, realocações e novas moradias para essas famílias. A obra será dividida em 6 trechos, sendo a maioria das desapropriações 90% no último. 120 novas residências para realocar poderão ser construídas num gigante terreno no Colubande, para quem quer indenizações sem posse da terra será pego as benfeitorias, isso não se inclui as invasões comerciais existentes. Já os Alugueis sociais, as famílias irão receber 3meses de calção, e dois anos de alugueis até as novas residências, onde todos esses invasores receberão uma propriedade com RGI.
“São Gonçalo é a segunda maior cidade do Estado do Rio de Janeiro, tem mais de 1 milhão de habitantes e não tem um sistema viário compatível com as suas necessidades“, falou Sérgio Marcolini, assessor técnico da Secretaria de Estado de Transportes.