Águas do Rio é uma empresa do grupo  matogrossense AEGEA, que comprou a Ortorga da CEDAE em 27 Municípios, incluindo a  nossa região Leste Fluminense, tirando Niterói. A nova empresa assumirá o serviço a partir de 1° de Novembro.

Os repasses da outorga serão feitos em três parcelas em 2021, 2022 e 2025. Só a capital terá direito a R$ 3,7 bi. Estado ficará com R$ 14,4 bi. Ao todo, leilão rendeu R$ 22,6 bilhões aos cofres públicos.  Só São Gonçalo vai receber cerca de R$1.034 bilhão total para investir onde quiser, ITABORAÍ R$201 milhões, Maricá R$136 milhões, TANGUÁ R$28.400 milhões,  Rio Bonito R$ 50.450 milhões…
A responsabilidade da empresa é em 5 anos construir coletores ao entorno da Baía de Guanabara, num investimento de R$7.2 bilhões, para receber o esgoto. Em 10 anos universalização da distribuição de água em 99%, com investimento de R$14.8 bilhões.  Em 35 anos universalização da coleta e tratamento do esgoto, sendo R$19 bilhões em 12 anos, e mais R$24 em 35 anos. É claro que essa pespectiva é verdadeira, pois como empresa privada, enquanto mais água fornecer mais ela terá lucros. Essa é a lógica, para R$1 investido terá de lucro R$5 ou muito mais. 
O investimento em coleta e tratamento de esgoto ajudará e muito na despoluição da Baía de Guanabara, e na despoluição do Rio Guandu, trazendo benefícios ambientais, como também para a saúde pública. A empresa chega com os seguintes  objetivos imediatos: Abastecimento regular de Água, Geração de emprego e renda, Preservação AMBIENTAL, Valorização imobiliária, impostos Municípais. É importante frizar que os funcionários da CEDAE, ficarão com a CEDAE, pois a Águas do Rio contratará seus próprios funcionários…. É que o relacionamento entre o consumidor e a empresa começará do zero, pois a empresa não absorverá as dúvidas e os vícios da CEDAE, como cobrar onde não se tem abastecimento. 
 São Gonçalo é a cidade que terá maior investimento num total de R$3.543 bilhões, sendo que em cinco anos, 212 milhões em água e R$563 milhões em esgoto. É claro, temos que avaliar que a empresa vai ter lucros logo que assumir, já que há clientes cadastrados na CEDAE, e São Gonçalo tem o potencial de 470 mil residencias e pontos comerciais. O objetivo na cidade e conter o desperdício, que gera entorno de 100% a mais, o que vai gerar mais lucros para a empresa, e economizar a produção da CEDAE, que continuará com a captação e tratamento. 
A empresa sabe que terá dificuldade para entrar nas comunidades dominadas por facções, nas cidades metropolitanas que atuará. Para tanto, vai aplicar um projeto chamado AFLUENCE, que visa acabar com o roubo de água, usando pseudas lideranças comunitária,  para junto com agentes, cadastrarem e  legalizarem o maior número possíveis entre as ligações clandestinas. Esse relacionamento também poderá ser com políticos e vereadores, na respectivas comunidades com a visão de aproximação da comunidade e fortalecimento da liderança,  gerando um círculo de trabalho em conjunto.  O projeto também visa: Atendimento Intinetante, Recadastramento, Inclusão na Tarifa Social, Resposta operacional rápida, Padronização das ligações. 

A questão não clara é como a empresa irá se comportar diante das pessoas, que preferem se manter na clandestinidade. Em áreas não dominadas provavelmente irá cortar o consumo, e talvez fazer ocorrência policial (como faz a companhia de eletricidade), e nas áreas dominadas principalmente em São Gonçalo, onde as facções já comandam  quase metade do território,  dificilmente as tais “lideranças” irão continuar convencendo os moradores sem o aval do tráfico de drogas, onde muitos traficantes irão proteger os moradores, já outros  traficantes mercenários poderão vender os moradores. Resta observar se a empresa está disposta a pagar pedágio ao tráfico, para poder cortar a água do morador que consome clandestinamente.

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