Começando as mudanças. Ontem, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, assinou uma portaria que institui o gabinete de transição do governo de Lula.
- O documento lista os 31 grupos técnicos que vão debater temas como agricultura, assistência social, cultura, economia, educação e saúde.
Alckmim também divulgou os nomes que irão comandar a transição na parte de Economia, Cidade e Habitação e Assistência Social, além dos 12 integrantes do conselho político formado por partidos que apoiam o novo governo.
No grupo da Economia, foram anunciados André Lara Resende, Persio Arida, Guilherme Mello e Nelson Barbosa. Nas palavras de Alckmin, o time tem “visões complementares”.
Enquanto os dois primeiros têm um histórico liberal — Arida e Resende estão entre os “pais” do Plano Real back in 1994 —, os representantes do PT, Barbosa e Mello, defendem a flexibilização do teto de gastos para atender demandas sociais.
Ainda no tópico, Alckmin citou também o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, sem especificar sua área de atuação. Enfrentando forte resistência do mercado, poucos minutos após o anúncio, o Ibovespa baixou 0,88%.
Na área de Cidade e Habitação, o comando ficará a cargo do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O ex-líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) afirmou que focará na recomposição do orçamento para moradia popular.
Desenvolvimento Social: A pasta ligada ao combate à fome e à pobreza, bem como programas sociais, será de responsabilidade da Simone Tebet (MDB). Ficando em terceiro lugar no primeiro turno, ela foi peça-chave na vitória do petista.
Ponto importante: O fato de esses nomes estarem na transição não quer dizer que os ministros estão definidos. Lula afirmou que integrar a equipa não implica em participação automática no governo — o mistério ainda está no ar.
