Há exatos 134 anos, a Princesa D. Isabel do Brasil assinava a lei mais importante da nossa História: a LEI ÁUREA!

Não tenham dúvidas que hoje é um dia de ler/assistir/ouvir muitas besteiras pelas mídias. A maior parte delas dizem respeito à participação da Princesa no processo de abolição da escravatura. 

“Ela só assinou por pressões inglesas!”

“Ela não tinha nada de boazinha, vocês precisam estudar!”

As bobagens sem base nenhuma na História são repetidas todos os anos, contudo, basta um estudo levemente aprofundado sobre D. Isabel e sobre a História do Brasil, que encontramos fontes e informações importantes sobre a participação, esforço e dedicação da filha de D. Pedro II no processo abolicionista!

É bem verdade que D. Isabel não pode e nem deve ser a única personalidade lembrada por isso. Tantos outros, anônimos e famosos, lutaram para que esse objetivo humanitário fosse alcançado em nosso país! Ninguém fez nada sozinho. Pessoas como André Rebouças, Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Dragão do Mar, Luiz Gama, Maria Tomásia, Adelina, Maria Firmina, José do Patrocínio,  Francisco José, Rui Barbosa… além dos próprios escravizados, intelectuais e a população comum, cada um deles foi muito importante nesse processo! 

A Princesa D. Isabel costuma ser muito lembrada, pois era nada mais, nada menos, que a futura Imperatriz do Brasil. É óbvio que seu apoio público à Causa (documentado em muitas oportunidades), servia de incentivo, pressão da Coroa e esperança aos abolicionistas do país e do mundo. Vide a Rosa de Ouro, recebida do Papa Leão XIII, como honraria pela assinatura da Lei Áurea.

Hoje rendemos nossa homenagem a todos os abolicionistas que passaram por nosso chão! Pessoas cheias de humanidade e compaixão, além de coragem, para lutar contra uma das instituições mais desgraçadas de nossa História. Lembremos que éramos uma Monarquia Constitucional, o que impedia a abolição através de uma simples “canetada”. A Lei precisou ser conquistada de forma democrática, num  Parlamento dominado por escravocratas, e como até hoje representante de uma elite racista e perversa.