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A Hipocrisia de Rodrigo Medeiros

Por Aloisio Reis
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“Compre Local”: Quando a Prefeitura de Tanguá Ignora o Próprio Conselho.

A recente publicação da Prefeitura de Tanguá, incentivando a população a comprar nos mercados locais para “fortalecer a economia da cidade”, seria louvável se não fosse uma cortina de fumaça para encobrir práticas que contradizem flagrantemente esse discurso. Enquanto o cidadão é exortado a gastar seu suado dinheiro no comércio local, a gestão municipal parece seguir outro manual: o da farra com o dinheiro público, direcionado a empresas de fora, contratadas em licitações questionáveis e, não raro, beneficiadas por relações de conveniência que atravessam gestões.

A Contradição que Sangra os Cofres Públicos.

Se comprar local é tão importante, por que a prefeitura insiste em contratar empresas externas para serviços essenciais, muitas vezes sem transparência ou concorrência real? Enquanto o pequeno empreendedor de Tanguá luta para sobreviver, grandes empresas — muitas delas “amigas” de gestores — são privilegiadas em licitações que mais parecem roteiros predefinidos. Essas empresas, não raro, trazem insumos de fora, mão de obra terceirizada e, após sugar os recursos públicos, deixam a cidade sem reinvestir sequer uma fração do que recebem. O dinheiro, assim, não circula em Tanguá: ele evapora, beneficiando intermediários e alimentando um ciclo vicioso de dependência e corrupção.

As Licitações “Sob Medida” e a Cultura da Impunidade.

Não é novidade que, em muitas gestões públicas, licitações são maquiadas para atender a interesses particulares. Em Tanguá, a prática parece ter virado regra. Empresas que já apareceram em escândalos anteriores, ou que mantêm laços obscuros com esse grupo político, continuam a ganhar contratos milionários sem competição real. Enquanto isso, micro e pequenos negócios locais, que poderiam oferecer serviços com qualidade e preço justo, são ignorados ou desclassificados por “detalhes burocráticos”. A pergunta que não cala: se o critério é técnico, por que as mesmas empresas são sempre favorecidas? E qual o problema do empresário ser da cidade???

O Povo na Plateia, Enquanto o Dinheiro Público Vaza.

O mais cínico dessa narrativa é que a prefeitura, ao pedir que o povo compre local, tenta se pintar como defensora da comunidade. No entanto, essa mesma gestão não hesita em drenar recursos para fora da cidade, seja através de contratos superfaturados, seja via obras paralisadas ou serviços mal executados. Enquanto o cidadão é pressionado a fazer sua parte, o poder público age como se o dinheiro dos impostos fosse uma reserva infinita a ser escoada para bolsos alheios.

A Falácia do “Empreendedorismo Local” sem Apoio Real.

Não basta o prefeito e a prefeitura publicarem posts motivacionais nas redes sociais, se na prática o governo Medeiros não cria, as políticas sérias para fomentar o empreendedorismo. Onde estão os editais acessíveis para pequenas empresas? Onde está a simplificação de processos para licenças locais? Onde está o investimento em infraestrutura que, permita aos negócios de Tanguá competir em igualdade? Enquanto a gestão não romper com o círculo de favorecimentos, e passar a priorizar contratos transparentes, inclusivos aos locais, o discurso do “compre local” será apenas uma piada de mau gosto, ou até maldade.

Exigir Coerência é Defender o que é de Tanguá

A população de Tanguá merece mais do que slogans vazios. Merece uma gestão que pratique o que prega, que trate o dinheiro público com o mesmo cuidado que exige dos cidadãos. Chega de hipocrisia: se querem que a população valorize o local, que o governo comece gastando aqui. Que as licitações sejam abertas, justas e priorizem empresas locais. Que os “amigos do rei” deem lugar a quem realmente constrói a cidade. Até lá, a publicação da prefeitura não passa de um ato alienado — uma confissão involuntária de que, para alguns, o serviço público ainda é sinônimo de serviço ao próprio bolso.

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